De nosso amor e loucura...

Alguns de nós, eu inclusive, já vimos acalentando a ideia de criar este blog. Fazemos, de certo, parte de um grupo que não se entende como apenas professor, pessoas que criam contos, crônicas, novelas e têm receios de expor suas produções. Somos loucos... loucos pelo ócio mais trabalhoso que existe: escrever Utilizamos as palavras de Clarice Lispector para definir nossa loucura... "Escrevemos porque somos desesperados e estamos cansados, não suportamos mais a rotina de nos ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, nós nos morreríamos simbolicamente todos os dias."

terça-feira, 22 de maio de 2012

Goethe na Itália


Goethe viajou para a Itália em 1786 e retornou a Weimar em 1788 . Márcio Seligmann-Silva no seu livro "O local da diferença" relata que a viagem foi também um ato de revolta contra o ideário do movimento Sturm und Drang, de Herder e Hamann, além de ter sido  um encontro com a antiguidade clássica, uma antiguidade idealizada, encontrada concretamente em solo italiano. Seligman-Silva afirma também que o lema de Horácio ut pictura poesis (a poesia é como a pintura) é o fio condutor do escritor alemão e, como leitor e tradutor de paisagens, busca retraduzir as obras clássicas para a paisagem que as inspirou.
Quando deparou com o Lago de Garda, lembrou-se de um verso de Verso de Virgílio e afirmou que era "o primeiro verso latino cujo conteúdo se faz vivo" e, quando visita a Sicília, afirma que naquele momento a Odisseia de Homero tornava-se uma palavra viva para ele. O encontro com a antiguidade foi também um renascimento pessoal do escritor, que afirmou "considero o dia que cheguei a Roma como a data do meu segundo nascimento, de um verdadeiro renascimento".
A Itália proporcionou ao grande escritor germânico um reencontro com o classicismo, além de uma excelente; isto e aquilo foram importantes na produção literária posterior do escritor.

Josemilson Mélo
Maio de 2012

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