De nosso amor e loucura...

Alguns de nós, eu inclusive, já vimos acalentando a ideia de criar este blog. Fazemos, de certo, parte de um grupo que não se entende como apenas professor, pessoas que criam contos, crônicas, novelas e têm receios de expor suas produções. Somos loucos... loucos pelo ócio mais trabalhoso que existe: escrever Utilizamos as palavras de Clarice Lispector para definir nossa loucura... "Escrevemos porque somos desesperados e estamos cansados, não suportamos mais a rotina de nos ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, nós nos morreríamos simbolicamente todos os dias."

quinta-feira, 22 de março de 2012

Saudade da minha terra



Percebi, ao acordar, que a noite estava muito mais fria que de costume. A chuva caía muito forte lá fora. Olhei para o despertador que estava ao lado da cama, em cima do criado mundo. Eram duas horas da manhã, puxei um pouco o lençol para me descobrir e bem devagar cobri-o. Coloquei a cueca e me levantei …
Fui até a janela e fiquei a admirar a chuva que caía no jardim daquela casa, lembrei a infância que passei com meus avós. Lá, a vida era simples e tranquila, tudo cheirava a terra molhada naqueles dias chuvosos...
... tornei a mim quando ouvi sua voz rouca pedindo-me que voltasse para a cama. Voltei. Dos olhos, deixei cair uma lágrima e lembrei então por que estava ali, de como vivi naquela cidade e de como o mundo fora cruel comigo.
Voltei  para a cama, fechei os olhos e senti seu hálito quente invadir minha boca. Sua pele áspera denunciava seus sessenta anos. Torci para que as horas passassem mais depressa e que o dia clareasse.
... suor e dor foram meus companheiros nessa madrugada, que era apenas mais uma em minha vida. O sol brilhou e clareou o quarto e os lençóis brancos. Acordei, levantei-me, acordei-o, coloquei a calça azul surrada e a camisa branca já amarelada. Peguei o dinheiro que estava em suas mãos e parti...
Denilson André
                                                                                                                                                       Junho 05, 2010 

4 comentários:

  1. Respostas
    1. OBRIGADO GABRIEL SEU POEMA TA LINDO TAMBÉM , TEM POESIA NELA..

      Excluir
  2. Dênis, rodado como és, não creio que ainda escrevas um conto que discuta a prostituição dessa forma...KKKKKKKKKKKK... O rapazinho do interior que se prostitui por não ter alternativa. O fim! Ingenuidade tem limite, gato! O texto é fluido, linguagem própria de best-seller, talvez você ganhe adeptos. Bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. obrigado pela crítica amigo!em breve outro conto para discutirmos juntos.

      Excluir