Percebi, ao acordar, que a noite
estava muito mais fria que de costume. A chuva caía muito forte lá fora. Olhei para
o despertador que estava ao lado da cama, em cima do criado mundo. Eram duas
horas da manhã, puxei um pouco o lençol para me descobrir e bem devagar cobri-o.
Coloquei a cueca e me levantei …
Fui até a janela e fiquei a admirar
a chuva que caía no jardim daquela casa, lembrei a infância que passei com meus
avós. Lá, a vida era simples e tranquila, tudo cheirava a terra molhada naqueles
dias chuvosos...
... tornei a mim quando ouvi
sua voz rouca pedindo-me que voltasse para a cama. Voltei. Dos olhos, deixei
cair uma lágrima e lembrei então por que estava ali, de como vivi naquela
cidade e de como o mundo fora cruel comigo.
Voltei para a cama, fechei os olhos e senti seu
hálito quente invadir minha boca. Sua pele áspera denunciava seus sessenta
anos. Torci para que as horas passassem mais depressa e que o dia clareasse.
... suor
e dor foram meus companheiros nessa madrugada, que era apenas mais uma em minha
vida. O sol brilhou e clareou o quarto e os lençóis brancos. Acordei,
levantei-me, acordei-o, coloquei a calça azul surrada e a camisa branca já
amarelada. Peguei o dinheiro que estava em suas mãos e parti...
Denilson André
Junho
05, 2010
Parabens, dennis
ResponderExcluirOBRIGADO GABRIEL SEU POEMA TA LINDO TAMBÉM , TEM POESIA NELA..
ExcluirDênis, rodado como és, não creio que ainda escrevas um conto que discuta a prostituição dessa forma...KKKKKKKKKKKK... O rapazinho do interior que se prostitui por não ter alternativa. O fim! Ingenuidade tem limite, gato! O texto é fluido, linguagem própria de best-seller, talvez você ganhe adeptos. Bjs
ResponderExcluirobrigado pela crítica amigo!em breve outro conto para discutirmos juntos.
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