De nosso amor e loucura...

Alguns de nós, eu inclusive, já vimos acalentando a ideia de criar este blog. Fazemos, de certo, parte de um grupo que não se entende como apenas professor, pessoas que criam contos, crônicas, novelas e têm receios de expor suas produções. Somos loucos... loucos pelo ócio mais trabalhoso que existe: escrever Utilizamos as palavras de Clarice Lispector para definir nossa loucura... "Escrevemos porque somos desesperados e estamos cansados, não suportamos mais a rotina de nos ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, nós nos morreríamos simbolicamente todos os dias."

domingo, 18 de março de 2012

Sobre Armstrong, Cortázar e Paris


Li há alguns dias uma crônica de Cortázar sobre o grande Louis Armstrong. Ele se apresentou em Paris nos anos 50, e Cortázar descreve maravilhado o que presenciou. Sim, o mundo era outro. A Europa vivia um processo de reestruturação pós-guerra, mas Paris continuava encantadora e cosmopolita, e a cidade onde americanos do Sul e do Norte encontravam-se.

Mas, e Armstrong? Armstrong permanece conosco, ainda nos dias de hoje, com uma música que mostra a força de uma raça, de uma etnia e a grande capacidade criativa de um povo, de um homem. A Europa, branca e preconceituosa, curvou-se à criatividade, à sensibilidade, aos acordes estranhos executados por negros de matriz africana.

Cortázar viveu um momento único quando assistiu ao show de Louis e, extasiado, não se conteve e documentou aquele momento mágico.
Cortázar e Louis já não estão entre nós. Só nos resta ouvir a boa música de Louis e ler, do outro, os magistrais livros.

Josemilson Melo
15 de março de 2012

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